Indice de preços da FAO atinge maior nível em seis meses em fevereiro


Alta nos índices de preços da FAO teve influência significativa do subíndice dos laticínios

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 167,5 pontos em fevereiro de 2019, uma alta de 2,7 pontos (1,7%) em relação a janeiro, nível mais alto desde agosto do ano passado. Em relação a igual mês de 2018, o Índice registrou queda de quase 4 pontos (2,3%).

Pelo comunicado desta quinta-feira, 7 de março, o aumento mensal foi puxado pelo incremento no preço de todas as commodities representadas no Índice, especialmente pela alta acentuada no subíndice dos laticínios – alta de 5,6%, para 192,4 pontos.

O subíndice de carnes subiu 0,7% (1,2 pontos) na mesma base de comparação, saindo de 162,4 pontos em janeiro para 163,6 pontos em fevereiro. Carne de frango e carne ovina recuaram, devido ao ritmo mais lento das vendas externas e à oferta abundante de exportação da Nova Zelândia, respectivamente.

“As cotações da carne bovina e da suína aumentaram apoiadas por uma procura robusta de importações”, disse a FAO, acrescentando que também houve um movimento limitado de exportações de carne vermelha no período, especialmente da Nova Zelândia, e de carne suína pela União Europeia.

Cereais – média de 169 pontos em fevereiro, avanço marginal em relação ao mês anterior e de quase 8 pontos (4,7%) em relação ao mesmo mês do ano passado.

Preços do Milho subiram mais, impulsionados pelas maiores cotações de exportação dos Estados Unidos,

Trigo – preços iniciaram o mês sustentados pelas preocupações com aperto na oferta, mas caíram pressionados pelo enfraquecimento na demanda. O Arroz manteve-se estável,

Óleo Vegetal registrou média de 133,5 pontos em fevereiro, alta de 2,3 pontos (1,8%) em comparação com janeiro, “marcando seu maior nível desde outubro de 2018”. Os fortes preços do óleo mineral também contribuíram para o aumento dos valores de óleos vegetais, diz a FAO.

A FAO calcula, ainda, que o subíndice de preço do açúcar ficou em média em 184 pontos em fevereiro, aumento de 2,2 pontos (1,2%) em relação ao mês anterior.

“Espera-se agora que a produção de açúcar da Índia em 2018/19 recue 5% em relação ao ano passado, enquanto na região Centro-Sul do Brasil, principal região produtora de adoçante no país, a produção de outubro de 2018 a janeiro de 2019 declinou 26% ante o mesmo período da safra anterior”, explica a organização.

A FAO destaca ainda que o aumento nos preços da gasolina no Brasil forneceu apoio às cotações internacionais do açúcar, fazendo com que usinas locais favorecessem a produção de etanol dentre o mix sucroenergético.

Portal DBO com ESTADÃO CONTEÚDO

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