ILP e a Informática – bom para todos os envolvidos


Informática começa a entender os sistemas integrados de produção, como a ILPF

Tradicionalmente os produtores rurais eram divididos em agricultores e pecuaristas. Era como dois ?uídos– que não se misturavam. Cada grupo tinha sua cultura, sua associação, sua feira, seus parceiros comerciais, sua revista, seus deputados, sua cooperativa. Apesar de as atividades agrícolas e pecuárias concorrerem pelos talhões produtivos das propriedades, não era comum ver produtores com dupla aptidão.

Nos últimos anos, pesquisas desenvolveram os sistemas integrados de produção, comprovando grande ganho financeiro num casamento racional da lavoura com a pecuária. Para o pecuarista, a integração significa garantir alimentação melhor e mais barata para seu rebanho. Para o agricultor significa agregar valor para o cereal produzido, vendendo-o no formato de arrobas de animais. Sem falar do aproveitamento cíclico, quando sobras e resíduos de uma atividade são insumos para a outra.

Uma das soluções preferidas para praticar as duas atividades em uma propriedade é o confinamento, quando se usa a produção agrícola também para alimentar os animais, confinados em um talhão especialmente equipado. Hoje, vemos, de um lado, agricultores tradicionais instalando piquetes de confinamento em suas propriedades agrícolas, e, de outro lado, pecuaristas tradicionais transformando suas propriedades para produzir cereais, confinando o gado em pequena área.

Além da grande barreira cultural, a inércia para dar este passo está na dificuldade em dominar a tecnologia dos dois setores. Para um agricultor tradicional, dá frio na barriga pensar em montar o confinamento, comprar animais, contratar mão de obra apropriada, planejar a alimentação fabricando e misturando ração, fornecer corretamente nos cochos, manejar os animais com rastreabilidade e vendê-los na hora certa. Para isso, há 2 remédios certeiros: contratar boa consultoria zootécnica e utilizar soluções de informática apropriadas.

O fator que impulsiona o sucesso dos sistemas integrados é a otimização dos recursos, principalmente espaço, tempo e dinheiro. E para bem otimizar, tem-se que mensurar, e aí entra digitalização e informática.

Em nossa empresa, temos sido demandados para evoluirmos nossas soluções de agroinformática, hoje voltadas mais para a agricultura, também para o lado da pecuária intensiva. Com este propósito, fizemos um levantamento de soluções de “pecuarinformática” hoje já disponíveis. Muito nos surpreendeu o nível de tecnologia destas, que vão muito além do que um simples software. Por exemplo, a solução da GA ILP e a Informática A informática começa a entender os sistemas integrados de produção, como a ILPF, e isso é bom para todos os envolvidos. – Gestão Agropecuária, utiliza várias técnicas: faz o planejamento nutricional dos animais; calcula e controla automação para balanceamento da ração; automatiza o fornecimento de alimentos, através da robotização dos caminhões com monitores de bordo e sensores, que leem RFIDs nos cochos; analisa a eficiência de cada funcionário; rastreia toda informação de cada unidade, que analisada contra um BigData com dados de vários outros produtores, determina o melhor ponto de abate dos animais para cada condição, maximizando o lucro. Gostamos tanto do que vimos que vamos integrá-las, na nuvem, com nosso software. A solução resultante certamente trará o suporte necessário para que bons agricultores tenham maior tranquilidade para integrar suas lavouras com a atividade pecuária.

Se antigamente imprevistos eram justificados com a expressão “tem boi na linha”, hoje novos investimentos podem se realizar porque “tem boi na nuvem”. É a agroinformática atenta ao momento, ajudando a integrar as atividades econômicas do agronegócio.

*Matéria originalmente publicada na edição 104 da revista Agro DBO.

Por Manfred Schmid

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