Alta do dólar e queimadas na Austrália devem impulsionar mercado da carne no começo de 2020


Moeda americana em alto patamar tende a deixar a carne brasileira mais competitiva
 
As exportações brasileiras, especialmente à China, devem seguir aquecidas no primeiro semestre de 2020, comunica o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Além do alto patamar do dólar – que tende a deixar a carne brasileira competitiva no mercado internacional –, as recentes e intensas queimadas na Austrália devem reduzir a oferta de carne desse país, que, vale lembrar, já foi um importante fornecedor de proteína animal à China.
 
Recorde em 2019
 
As exportações brasileiras de carne bovina in natura e industrializada bateram recorde e ficaram acima de 1,8 milhão de toneladas em 2019. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
 
O resultado positivo das exportações brasileiras de carne esteve atrelado, especialmente, à forte demanda chinesa por proteína animal. Conforme o Cepea, o país asiático junto com Hong Kong foram os principais destinos da carne bovina brasileira, correspondendo por quase a metade de todo o volume enviado pelo País ao mercado internacional.
 
Dados da Secex apontam que, em 2019, China e Hong Kong, juntos, foram destino de 45,31% do total de carne bovina exportado pelo Brasil, contra 43,69% em 2018.
 
Em relação a receita, os demandantes asiáticos corresponderam por 49,86% do montante total recebido por frigoríficos brasileiros, contra pouco mais de 44% em 2018. Em termos absolutos, os dois países adquiriram 822,56 mil toneladas de carne brasileira, desembolsando mais de US$ 3,5 bilhões.
 
Fonte: DBO RURAL
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