Melhora no ritmo no mercado de reposição e bezerro valorizado no MS. Confira as principais notícias desta semana.
Mercado de reposição deve ganhar ritmo em março
Dependendo da região pecuária, os preços no mercado de reposição têm oscilado para cima neste mês, refletindo o retorno de chuvas regulares e, consequentemente, a melhoria nas pastagens.
Há, porém, em menor proporção, algumas áreas produtoras onde os negócios ainda continuam travados, lentos, justamente pela má qualidade dos pastos, ainda não recuperados da atípica estiagem registrada em dezembro e janeiro.
Esse é o panorama atual do mercado traçado pelos analistas da Scot Consultoria, de Bebedouro, SP. “Nessa gangorra, as cotações, na média, estão pendendo para o lado das valorizações”, observa a consultoria,
No balanço semanal, na média de todas as categorias de machos e fêmeas nos Estados pesquisados pela Scot Consultoria, as cotações fecharam com ligeiro ajuste positivo de 0,4%.
Para o curto prazo, a expectativa é de incremento na oferta de bezerros, prevê a Scot. “Em março já é esperada a chegada dos bezerros mais precoces da safra de 2019, fato que tende a dar maior ritmo para o mercado”, adianta a consultoria.
Boi gordo anda de lado nas praças de São Paulo
O Indicador ESALQ do boi gordo fechou a terça-feira praticamente estável em São Paulo, cotado a R$ 150,95 (preço à vista), com ligeira baixa de 0,6% sobre o valor de R$ 151,90 de segunda-feira, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). No acumulado do mês, o preço atual do boi em São Paulo registra queda de 1,5%, em relação ao valor de R$ 153,30 do fechamento de janeiro.
Na avaliação da Informa Economics FNP, de São Paulo, de maneira geral, as indústrias frigoríficas ainda não se posicionam agressivamente nas compras de gado, pois, apesar das expectativas de que o consumo doméstico apresente algum sinal de reação com a virada de mês, tal quadro não demonstra suporte suficiente para sustentar grandes ajustes positivos aos preços pagos na arroba do boi gordo.
Especialmente nas praças do interior paulista, há dificuldade na compra de lotes de animais terminados em volumes significativos. “Os frigoríficos locais têm efetivado pequenas compras para preencher lacunas em suas escalas de abate, as quais atendem entre três a quadro dias uteis”, informa a FNP.
Bezerro atinge o maior valor do mês no MS
O Indicador Bezerro ESALQ (animal Nelore, de 8 a 12 meses) atingiu, ontem, 26 de fevereiro, na praça do Mato Grosso do Sul, o seu maior valor deste do mês, fechando a R$ 1.253,21, em alta de quase 2% sobre o preço de segunda-feira, de R$ 1.229,64. No acumulado de fevereiro, o indicador registra valorização de 2,3%, em MS.
Na comparação com o preço de um mês atrás (de R$ 1.269,41), porém, a cotação atual apresenta baixa de 1,2%. Em relação ao valor visto em 31 dezembro de 2018, de R$ 1.225, o indicador apresenta aumento acumulado de 2,2%.