SRM conta com Lei Rouanet para captar recursos para o Agromuseu


A Sociedade Rural de Maringá conseguiu aprovação da Lei Rouanet para captação de recursos da ordem de R$ 4.026.235,86 para a instalação de um museu do agronegócio. O projeto chamado Agromuseu será instalado no Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro.

A ideia do museu ganhou força em meados deste ano, depois que a SRM apresentou a proposta ao prefeito Ulisses Maia, ao secretário de Cultura Miguel Fernando e ao reitor da Unicesumar, Wilson de Matos Silva, e ganhou o apoio dos mesmos.

Os recursos, que poderão ser captados junto à iniciativa privada, com desconto do Imposto de Renda, servirão para a primeira fase de implantação do projeto, incluindo a institucionalização do museu, elaboração do plano museológico, os estudos e projetos preliminares, bem como as primeiras instalações em área de 4,5 mil metros quadrados.

O Agromuseu será um museu a céu aberto, inspirado em museus similares existentes no mundo – especialmente canadense – e reunirá exposições de arte, ciência, história, antropologia, plantas e animais vivos.

De acordo com o consultor contratado para elaboração do projeto, Marcelo Seixas, o museu maringaense do agronegócio será único no estilo e tamanho em toda a América Latina. Segundo ele, o projeto tornou-se viável tanto pela representação da entidade no agronegócio quanto pelas condições do Parque de Exposições.

“O Parque já reúne diversas atividades propícias a um museu temático do agronegócio, o que faremos é complementar as instalações e constituir um acervo organizado e representativo do universo rural”, explica Seixas.

A presidente da SRM, Maria Iraclézia de Araújo, diz que o museu fará um resgate das tradições do campo e a intenção é que seja visitado principalmente por produtores rurais e estudantes, além de outros públicos.

“Atualmente a população vive mais na cidade. Mas muitos pais e avós das crianças e jovens de hoje foram criados na área rural. Mostrar para as novas gerações como viviam e eram os costumes dos seus antepassados é uma forma de aumentar o vínculo com suas raízes e enriquecê-las culturalmente”, afirma Iraclézia.

Para o prefeito Ulisses Maia, a cidade deverá aplaudir essa iniciativa. “Vamos trabalhar para tentar fazer acontecer”, disse ele na reunião de apresentação da proposta, ao afirmar que esse tipo de instalação deve mostrar a importância da agropecuária no desenvolvimento da região e do país.

O reitor Wilson de Matos Silva também mostrou entusiasmo. “Sem passado a gente perde a visão de futuro. Sou um entusiasta de projetos dessa natureza e iremos apoiar a iniciativa”, afirmou.

Para o secretário de Cultura Miguel Fernando, “trata-se de um projeto estratégico e muito interessante, porque o Norte do Paraná se consolidou com a agricultura e pecuária e esses equipamentos vão salvaguardar a história do campo para as futuras gerações”, comentou.

De acordo com Maria Iraclézia, a entidade pretende continuar contando com parcerias já existentes e novas para viabilizar o projeto. “Esse será um museu de todo o Brasil, porque não há outro com as mesmas características de valorização da nossa cultura rural. Pretendemos buscar apoio de empresas do agronegócio que possuem recursos para injetar na cultura, mas tradicionalmente não investem em nossa região. Acreditamos no potencial do nosso projeto para obter esses recursos.”

Foto: Ilustrativa

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