Depressão é tratada na 10ª Agrocampo


Com o intuito ajudar na promoção do bem-estar de seus associados e outros produtores rurais, a Sociedade Rural, em parceria com o Sindicato Rural de Maringá, promoveu ontem, dentro da programação da 10ª Agrocampo, a palestra “Precisamos falar sobre depressão”. O tema foi abordado pela psicoterapeuta especializada em gestalt terapia Aracely Granado.

Aracely começou a palestra informando que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão, considerada uma doença, ocupará em 2020 o primeiro lugar dentre as enfermidades causadoras de incapacidade para o trabalho. A partir disso, ela lembrou os muitos fatores contribuem para que haja um aumento nos casos de depressão em todo o mundo.

Conforme citou, entre as causas que desencadeiam a doença estão a genética e a bioquímica – nestas há uma predisposição da pessoa a sofrer com o problema -,doenças clínicas, questões de ordem emocional, social e o estresse.

O panorama do mundo atual tem levado mais pessoas à depressão. Aracely lembrou que vivemos na era das incertezas, da banalização do mal, da velocidade, jornadas exaustivas de trabalho, cobrança e falta de reconhecimento, tendo de se fazer sempre muitas escolhas; num mundo desregulamentado, sem referenciais e das relações líquidas (fragilidade dos vínculos).

“Além disso, é um mundo narcisista, das selfs na internet, onde se ‘vende’ apenas a imagem da felicidade. É proibido sofrer, perder, envelhecer. É um mundo competitivo, onde se busca sempre ser o melhor e as gerações atuais não sabem lidar com a frustração ”, acrescentou.

No Brasil, cerca de 5,8% da população têm a doença. Mulheres, grávidas ou em período pós-parto, idosas, representam a parcela que mais sofre com a doença. Chega a ser 150% a mais do que nos homens.

Na visão da psicoterapeuta, é preciso educar as novas gerações para saberem usar a inteligência emocional, ou seja aquela em que a pessoa aprende a controlar suas emoções básicas, a partir do medo, alegria, tristeza, raiva, nojo. “Os pais passaram a poupar seus filhos de tudo isso e vemos muitos jovens sofrendo hoje em dia exatamente por não saber como lidar com essas emoções”, observou Aracely, ao citar também o aumento da agressividade e suicídios na sociedade atual.

“Precisamos estar alertas e perceber os sintomas das pessoas que estão ao nosso lado. Falta de apetite, insônia ou sono excessivo constante, fadiga ou falta de energia, sentir-se sem valor ou com culpa excessiva, interesse ou prazer marcadamente diminuídos, perda ou ganho de peso significativo são sinais de que a pessoa pode estar com depressão. É possível tratar por meio de terapia, medicamento, meditação, espiritualidade”, recomendou a especialista, ao frisar ainda que exercícios e amizades são fundamentais para superar o problema.

A palestra “Precisamos falar sobre Depressão” foi organizada pela Sociedade Rural Mulher e Comissão de Mulheres do Sindicato Rural de Maringá. As presidentes das duas comissões, respectivamente, Eliane Monteiro Meller e Ana Cristina Versari, destacaram a importância de tratar o tema, seja nos grupos familiares, de trabalho ou amigos, como uma forma de prevençã

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