Crédito rural: contratação cresce 37% nos três primeiros meses da safra


De acordo com o estudo da Secretaria de Política Agrícola (SPA), os produtores rurais da Região Sul são os que mais contratam financiamentos

Nos três primeiros meses da safra 2021/2022 produtores, cooperativas e agroindústria contrataram R$ 97,75 bilhões, 37% mais em relação ao período de julho a setembro de 2020.

Conforme o balanço divulgado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, os financiamentos em investimentos registraram o maior crescimento em relação ao mesmo período do plano anterior, ou 59%, com R$ 29,49 bilhões

As operações de custeio alcançaram perto de R$ 52,69 bilhões e 333 mil contratos, incremento de 27% e 6%, respectivamente”, informou a Agricultura em nota. Os financiamentos de comercialização cresceram 34%, ou R$ 8,28 bilhões, e industrialização (+42% ou R$ 7,2 bilhões).

De acordo com o estudo da SPA, os produtores rurais da Região Sul são os que mais contratam financiamentos.

Até o momento, foram R$ 36,90 bilhões e mais de 277 mil contratos, o que representa, respectivamente, 38% e 42% do total nacional.

“O balanço do crédito rural mostra a forte demanda por financiamentos rurais na Região Norte (aumento de 64% no valor e de 46% no número de contratos) e Nordeste, 34% no valor, embora a quantidade de contratos tenha sofrido redução de 5%”, disse a pasta.

Entre os programas de investimentos, o Moderfrota alcançou a maior parcela dos recursos programados (66%), seguido do Procap-Agro (50%) e de outras linhas/programas (45%).

As fontes de recursos mais utilizadas pelas instituições financeiras na contratação do crédito entre julho a setembro foram os Recursos Obrigatórios (R$ 28,63 bilhões, alta de 71%), a Poupança Rural Controlada (R$ 21,97 bilhões ou +5%) e a Poupança Rural Livre (R$ 17,91 bilhões ou +129%). Essas fontes somaram 69% de participação no valor dos financiamentos rurais.

A LCA (Letras de Crédito do Agronegócio), com recursos não controlados, foi a única fonte que teve um decréscimo no valor (-46%) das liberações comparativamente à safra passada, o que representou R$ 4,03 bilhões.

Por Estadão / Portal DBO Rural

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