COORDENAÇÃO DAS CADEIAS PRODUTIVAS: ERA DECISIVA PARA O ÊXITO DO BRASIL NESTE PROCESSO


Fatores econômicos, geopolíticos e tecnológicos ditarão o rumo da união dos elos de produção no País

Coordenar as cadeias produtivas no agronegócio nunca esteve tão em pauta como na atualidade. Este é considerado o momento decisivo do Brasil para unir os elos de produção e, cada vez mais, integrar as mulheres nesse processo de desenvolvimento do agro nacional.

Durante a abertura do 7º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, a Fundadora e CEO do Produzindo Certo, Aline Locks, o Presidente Internacional do The Business Council of Latin America (CEAL), Ingo Ploger, o Presidente do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), Nilson Leitão, e a Presidente da Sociedade Rural Brasileira, Teresa Vendramini, debateram este tema, levantando pontos relacionados a economia, tecnologia e à pandemia de Covid-19 sob a moderação da jornalista da TV Globo, Juliana Sana.

De acordo com Aline Locks, a união dos vários elos de uma cadeia produtiva traz benefícios não somente ao todo, mas também para cada um de forma individual. “As empresas que atuam no setor tocam o produtor rural e precisam de bons resultados dentro das fazendas. Um necessita do apoio do outro para o êxito dos negócios.

“Trago um exemplo de um projeto de iniciativa do couro, que é uma cadeia grande e complexa. A conexão de marcas de modas com pecuaristas é benéfica para os dois lados, pois com pequenos incentivos e pequenas ações, um enriquece o trabalho do outro. A indústria da moda, cada vez mais cobrada por compromissos sustentáveis, fornece assistência técnica e incentivos financeiros aos produtores, que, nessa lógica, conseguem empregar técnicas de baixa emissão e que respeitem o bem-estar animal na fazenda. Queremos transportar isso para mais nichos e cadeias”, complementa Aline.

A necessidade por crédito para ampliar o acesso à informação e tecnologia, principalmente para os pequenos produtores no cenário de pós-pandemia, ainda é um desafio do agro.  Como aponta Ingo Ploger, a tarefa do agronegócio é cuidar do futuro. “Num contexto internacional que lida com as consequências da pandemia de Covid-19 e da guerra entre Rússia e Ucrânia, a situação da fome se agravou, colocando a cadeia alimentar em pauta no mundo todo. Nosso papel é estabelecer uma colaboração mútua com nossos vizinhos para contribuímos da melhor forma no combate a essa realidade”.

Já Nilson Leitão acredita que nenhum pedaço de terra pode ficar para trás quando se fala de coordenação das cadeias. “A pandemia nos ensinou bastante, principalmente que o mundo pede pressa. A tecnologia nos auxiliou, mas também precisamos muito dos outros, das relações humanas. São essas relações que mostrarão à nossa população urbana a estrela do agro, o alimento, e que promoverão a evolução mútua do campo e da cidade. Ampliando a discussão para a participação feminina nesse processo, ela avança, mas ainda falta muito. Precisamos de mais mulheres nas entidades, na liderança de cidades, estados, associações e sindicatos”.

Para Teresa Vendramini, a educação também é um importante caminho para ampliar a presença das mulheres no agro e disseminar o trabalho do setor no Brasil. “Ainda temos um Brasil muito desigual quando falamos de liderança feminina nos sindicatos rurais. Temos 80 presidentes mulheres, um número baixo. O trabalho de educação será fundamental para a formação de novas líderes, além de contribuir desde cedo para educar a população sobre os benefícios do agro. Essa é a década da inclusão, do pertencimento”, conclui.

Fonte: CNMA

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