Sociedade Rural de Maringá celebra 46 anos de legado e fortalecimento do agronegócio


Entidade se transformou em referência nacional na defesa dos interesses do setor e no desenvolvimento econômico da região

Com uma história marcada pela união de produtores rurais, empreendedorismo e valorização do setor agropecuário, a Sociedade Rural de Maringá (SRM) chega aos 46 anos consolidada como uma das mais importantes entidades do agronegócio do Brasil. Fundada em 17 de julho de 1979, a SRM nasceu com o propósito de estruturar o setor em Maringá, criar um espaço permanente para a realização da feira agropecuária e representar os interesses dos produtores da região.

O surgimento da entidade foi resultado da visão do então prefeito João Paulino Vieira Filho, que entendia que a gestão da feira, até então sob responsabilidade da Prefeitura, precisava ser conduzida por quem realmente vivia o campo. João Paulino foi um grande incentivador do agronegócio e, em seu segundo mandato, articulou a criação da entidade durante uma reunião no Banco Itaú, liderada pelo gerente Francisco Rodrigues Dias. O primeiro presidente da Sociedade Rural foi Joaquim Romero Fontes, nome respeitado no setor, proprietário de diversas fazendas no Paraná e em outras regiões do país. Coube a ele e à primeira diretoria o desafio de organizar o Parque de Exposições e dar início à construção da Expoingá como conhecemos hoje.

Desde então, a SRM tem atuado como associação civil sem fins lucrativos, reunindo pessoas físicas e jurídicas diretamente ligadas às atividades agrícolas, pecuárias e agroindustriais. Ao longo das décadas, a entidade se tornou referência não apenas pela realização da maior feira agropecuária do Paraná, mas também por sua atuação na defesa dos interesses do setor, na modernização do parque de exposições e na promoção de iniciativas que impulsionam o desenvolvimento econômico regional.

A primeira diretoria foi composta por lideranças que continuam sendo lembradas, como Ary Aladino Cândido, Francisco Feio Ribeiro Filho, Edi Vieira e Mauro Santos Jorge. Foram eles e muitos outros que, com trabalho voluntário e espírito cooperativo, ajudaram a transformar o Parque de Exposições em um verdadeiro patrimônio de Maringá, palco de negócios, inovação, entretenimento e cultura para toda a região.

Quem quiser conhecer de perto essa trajetória pode visitar a Exposição de Memórias da SRM, instalada no Agromuseu do Parque de Exposições. O espaço é aberto ao público durante todo o ano e reúne documentos, fotos e objetos históricos que preservam as raízes do agronegócio maringaense.

Atualmente, a entidade é presidida por Maria Iraclézia de Araújo, a primeira mulher no Brasil a assumir o cargo máximo executivo em uma sociedade rural de grande porte. Sob sua gestão, a SRM ampliou seu protagonismo, diversificou suas ações e potencializou a Expoingá como uma das principais vitrines do setor produtivo nacional. Para ela, chegar aos 46 anos é motivo de orgulho, mas também de responsabilidade.

“Quando olhamos para trás e vemos tudo o que foi construído, temos uma sensação de dever cumprido. Mas ao mesmo tempo, sabemos que a nossa missão é continuar inovando, acolhendo os novos produtores, investindo em conhecimento e oferecendo oportunidades. A Sociedade Rural sempre foi um símbolo de força do agronegócio, mas hoje é também um espaço de modernidade, de inclusão, de geração de negócios em diferentes áreas. Seguimos firmes, com os pés na tradição e os olhos no futuro, para que as próximas gerações sintam orgulho do que estamos construindo”, destaca Maria Iraclézia.

A SRM é, acima de tudo, resultado do trabalho coletivo. Uma história feita de desafios superados, união de esforços e amor pelo campo, que segue viva e pulsante, transformando não apenas a economia de Maringá, mas também contribuindo para o fortalecimento do agronegócio brasileiro.

Palavras dos fundadores

Mario Peixoto
“Naquela época, Maringá tinha um envolvimento muito grande dos pecuaristas, das pessoas que produziam e queriam ver o crescimento da cidade. Havia sempre a vontade e o interesse de crescer cada vez mais. A gente se entusiasmava muito com a Expoingá, que trazia pessoas de toda a região. Nossos filhos cresceram aqui, aprenderam a amar os animais e a se interessar pelo progresso. Valeu muito a pena”.

 

Ary Aladino Candido
“Foi um marco importante para a união e reunião dos agropecuaristas de Maringá e região, porque estavam meio desgarrados, espalhados por aí e a Sociedade Rural uniu estas pessoas e fortaleceu a atividade rural em Maringá. Foi algo indescritível participar deste momento. Que as futuras gerações continuem cuidando deste espaço físico e do legado que a Sociedade Rural tem deixado”.

 

Basilio Bacarin
“Eu fui criado na roça e ter a oportunidade de entrar para a entidade foi muito importante, participei ativamente, cresci na pecuária, vivenciei a Rural desde os primeiros leilões. Foi uma escola para mim e eu me fortaleci como produtor estando aqui, fora os amigos que eu fiz aqui. A exposição sempre foi de alto nível. Eu vibro com todas as ações”.

 

Edi de Oliveira Vieira
“Nós fundamos a Sociedade Rural com a intenção de não deixar ela acabar. Nosso objetivo sempre foi cuidar da melhor forma do parque e da feira. Nas primeiras edições, a exposição era voltada para a pecuária, depois que fomos agregando. Tudo que a gente via de diferente, trazia para cá; daí as indústrias começaram a vir também. A cidade cresceu e nós fomos crescendo”.

 

Pedro Martins Phillip
“Isso aqui faz parte da minha vida, sempre fui um apaixonado pela pecuária e aqui formamos uma família, algo que enalteceu minha vida, fez parte de tudo alegre e bom que eu tive na vida. Lutamos muito para que tudo isso acontecesse. Que mais jovens se envolvam e deem continuidade ao que construímos até aqui”.

 

Valdomiro Meger
“Participei da primeira Diretoria em 1979, acompanhei toda essa trajetória. Para mim é motivo de muita satisfação fazer parte desta história. No início tudo era muito pequeno, sem muita estrutura e hoje somos referência. É um orgulho”.

 

Mauro Santos Jorge
“Quando a gente conseguiu reunir 50 pecuaristas foi uma glória, porque era difícil reunir tantos. O altruísmo do seu Joaquim Romero era fantástico, porque ele falava e fazia. Não tinha asfalto, os barracões todos caindo, não tinha cerca ao redor do parque. Um legado que se deixa pra Maringá, não é qualquer cidade que tem um parque deste. Isso aqui é um patrimônio histórico. Iniciamos só com pecuaristas, depois vieram os produtores e hoje estamos gigantes”.

 

Raimundo do Prado Vermelho
“Com a criação, a Sociedade Rural foi somando lideranças, pessoas fantásticas que se uniram e resolveram montar esta entidade, hoje tão importante para nós. Temos que nos manter congregados em uma entidade como esta”.

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