Adapar reforça ações de combate à brucelose e tuberculose no Estado


A brucelose e a tuberculose são doenças bacterianas que afetam diferentes espécies animais e a população humana. A capacitação de servidores e veterinários habilitados é fundamental para o controle e erradicação.

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) tem realizado diversas ações com objetivo de controlar e erradicar a brucelose e tuberculose no Estado. Uma delas é a capacitação de médicos veterinários em métodos de diagnóstico das enfermidades e noções de Encefalopatia Espongiforme (EEB). Desde terça-feira (20) o Biotec da Unicesumar, instalado em Maringá, no Noroeste do Estado, recepciona os profissionais para o treinamento que se encerra nesta sexta-feira (23).

A ação envolve capacitação dos servidores médicos veterinários da Gerência de Sanidade Animal (GSA) da Adapar quanto ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal – (PNCEBT), além de acentuar o papel da fiscalização e disseminar as orientações aos veterinários habilitados no programa. Participam do evento em Maringá 22 veterinários e dois coordenadores, além dos professores da universidade.

A coordenadora do Programa Estadual de Controle e Erradicação (PECEBT), Elenice Aparecida Amorim, reforça a importância do treinamento para o controle das enfermidades, que ainda acometem os rebanhos. “Nós lidamos diretamente no controle e erradicação das doenças. É importante lembrar que ainda temos diversos casos de tuberculose. No caso dos animais acometidos, a Secretaria da Agricultura tem indenizado o produtor e promovido a eliminação destes animais para conter a doença nos rebanhos”, acrescenta.

Elenice também reforça os trabalhos do treinamento, que englobam métodos de diagnósticos de brucelose. “Os participantes treinam para aferir as técnicas para o diagnóstico no laboratório e as técnicas para tuberculinização dos animais a campo”, afirma.

Médico veterinário da Adapar e participante do treinamento, Arthur Medeiros ressalta que as ações auxiliam nas condições técnicas dos profissionais. “É extremamente importante para nós, fiscais de defesa agropecuária, pois possibilita que tenhamos condições tanto técnica quanto práticas para fiscalizar os veterinários habilitados no campo”, diz.

  • BRUCELOSE E TUBERCULOSE – A brucelose é uma doença bacteriana contagiosa que afeta diferentes espécies animais e a população humana. O agente causador da brucelose bovina é a bactéria Brucella abortus. Além de problemas reprodutivos, os prejuízos decorrentes da brucelose no rebanho estão relacionados à diminuição da produção de leite e carne. No Paraná, a vacinação é obrigatória nas bezerras de 3 a 8 meses de idade e as propriedades com casos diagnosticados devem ser saneadas.

A tuberculose bovina é uma doença bacteriana crônica, que pode afetar ruminantes, suínos, aves, animais silvestres e humanos. É causada pelo Mycobacterium bovis acarretando em perdas econômicas significativas, além de ser uma das mais importantes zoonoses para a saúde pública. Não existe vacina, portanto o controle da doença fundamenta-se na detecção e eliminação dos animais positivos, o que torna importante a aquisição de animais com exames negativos.

A Adapar explica que os testes reagentes devem ser imediatamente comunicados ao órgão de defesa agropecuária do Paraná.

ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME BOVINA – A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), uma doença progressiva e fatal do sistema nervoso que acomete bovinos e bubalinos, popularmente chamada de “doença da vaca louca”. Na forma clássica é transmissível aos seres humanos por meio da ingestão da carne do animal acometido. Além da forma clássica da EEB, existe a forma atípica, que acontece devido à ocorrência de uma mutação espontânea da proteína normal, sem estar relacionada à ingestão de alimento contaminado.

  • DEFESA AGROPECUÁRIA – As ações desenvolvidas pela Adapar por meio do PECEBT partem da orientação a produtores rurais na prevenção e controle das enfermidades e no saneamento dos rebanhos; controle da distribuição dos antígenos e alérgenos, respectivamente utilizados no diagnóstico da brucelose e da tuberculose e do resultado destes diagnósticos; vacinação, controle de comercialização e do uso de vacinas contra a brucelose; cadastramento de médicos veterinários e a certificação de propriedades como Livres para brucelose e tuberculose.
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