Conferência regional de segurança alimentar debate políticas públicas para o setor


Com a finalidade de indicar propostas para a construção do Plano Estadual de Segurança Alimentar 2020-2024, representantes de 29 municípios da Amusep (Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense) participam hoje, no Parque de Exposições de Maringá, da 5ª Conferência Regional de Segurança Alimentar e Nutricional. O evento começou as 8 e se estende até as 17h.

“Comida no campo e na cidade – o que temos e o que queremos” é o tema da conferência. Representantes de diversas entidades e órgãos públicos, como Secretaria de Agricultura do Estado, Emater, Universidade Estadual de Maringá, Câmara Municipal, Cáritas Maringá, Sociedade Rural e da Casa Civil estiveram presentes na abertura do evento expressando apoio ao debate sobre a garantia de uma alimentação saudável para todos.

Do evento, sairão também os representantes da região que vão participar da conferência estadual no mês de agosto, em Curitiba. Segundo a diretora do Departamento de Segurança Alimentar da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, Márcia Stolarski, o Paraná tem se mantido firme no propósito de ampliar as políticas da área, ainda que o Governo Federal tenha destituído o Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), neste início de ano.  

Mais de 95% dos municípios paranaenses realizaram conferências municipais este ano e as propostas levantadas servem de base para os debates regionais e estadual. De acordo com Márcia, um dos pontos levantados é a necessidade de mais estímulo à produção orgânica e familiar. “Um dos programas que pensamos implementar é o PAAF – Programa de Aquisição da Agricultura Familiar – voltado a abastecer entidades públicas, como hospitais e restaurantes universitários”, disse ela.

Hoje o Paraná já desenvolve programas como o Leite da Criança (PLC), restaurantes populares, cozinhas, panificadoras e hortas comunitárias com bons resultados.  O PLC, por exemplo, garante que 120 mil crianças de 6 a 36 meses sejam atendidas e mantenham o peso ideal para a idade. “É de fundamental importância para as classes mais baixas da população”, afirmou Márcia.

Alimentação como princípio de existir, desafios e possibilidades na construção das políticas públicas, a geografia da fome e o desperdício de alimentos foram eixos debatidos na conferência. Diante de um novo relatório divulgado ontem (15) pela ONU que indica o aumento da fome no mundo, Marilze Brandão Assis, coordenadora da Comissão Regional de Segurança Alimentar, disse que mais do que nunca é preciso se preocupar com políticas públicas que assegurem as garantias mínimas de vida para as pessoas, fortalecendo ações e a cooperação entre os organismos públicos e agentes humanitários.

O chefe da Seab-Maringá, Jucival Pereira de Sá, ressaltou  a importância de levar alimento seguro e de qualidade para as pessoas de maior vulnerabilidade social e agradeceu aos municípios da região por estarem envolvidos com a questão,  “de fundamental importância para que continuemos na construção de um estado mais justo e igualitário”.

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