Setor agropecuário respondeu por 69,5% da exportação paranaense até novembro


O setor agropecuário, que inclui alimentos, madeira compensada, papel e celulose, foi responsável por 69,5% do volume exportado de janeiro a novembro deste ano pelo Paraná. O montante estadual no período foi de US$ 23,1 bilhões, enquanto os produtos que compõem a agropecuária somaram valor superior a US$ 16 bilhões.

Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), compilados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Eles apontam que, em relação aos primeiros 11 meses de 2022, o crescimento do setor agropecuário foi de 18%. Naquele período o segmento exportou US$ 13,6 bilhões.

A análise feita pelo Ipardes mostra que os US$ 23,1 bilhões de vendas do Paraná em 11 meses já superam em 4,5% os US$ 22,1 bilhões acumulados ao longo de todo o ano de 2022. Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o Paraná somou US$ 20,6 bilhões nos 11 primeiros meses do ano, o resultado atual é 12,1% superior.

“O ano de 2023 foi de recuperação do grande desastre de 2022 quando o Paraná perdeu mais de 31 bilhões de reais na produção agrícola. Somente em grãos, a safra chegou a mais de 45 milhões de toneladas de grãos, foi boa, ainda que os preços para o agricultor tenham sido ruins”, ponderou o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara. “No final dela, particularmente em outubro e novembro, tivemos prejuízo em razão do excesso de chuva, mas recuperou o tamanho de produção do Paraná”.

O diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, avalia que o aumento das exportações em 2023 é resultado da elevação do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, que cresceu 8,6% no primeiro semestre. “A expansão do PIB estadual no primeiro semestre conta com forte contribuição das vendas de mercadorias paranaenses ao Exterior, já que a produção interna desses itens eleva o nível de atividade econômica do Estado, causando efeitos positivos em termos de emprega e renda”, explica.

PRODUTOS – A soja em grão segue sendo o produto paranaense mais exportado. De janeiro a novembro, o item campeão de exportação bateu a marca de US$ 5,5 bilhões comercializados. Na segunda colocação veio a carne de frango in natura, com US$ 3,3 bilhões. O terceiro produto mais exportado no período foi o farelo de soja (US$ 1,8 bilhão) e em quarto, os cereais (US$ 1,1 bilhão).

De acordo com o Ipardes, apesar da preponderância dos produtos do agronegócio na pauta de exportações do Paraná, os bens industrializados têm importante participação na balança comercial. Como no caso dos automóveis, cujas vendas ao mercado internacional totalizaram US$ 524 milhões nos 11 primeiros meses de 2023.

DESTINOS – A China segue como principal destino dos produtos paranaenses no Exterior. O gigante asiático movimentou US$ 6,4 bilhões de compras do Paraná de janeiro a novembro.

Na sequência vêm Argentina e Estados Unidos. Enquanto o país vizinho adquiriu US$ 1,5 bilhão de itens do Paraná entre janeiro e novembro, o mercado americano comprou US$ 1,3 bilhão.

IMPORTAÇÕES – As importações paranaenses de janeiro a novembro caíram, colaborando positivamente na balança comercial, que está superavitária. As compras do Exterior somaram US$ 16,7 bilhões nos 11 primeiros meses de 2023, redução de 19,3% em relação ao mesmo período de 2022, quando fechou em US$ 20,7 bilhões.

Adubos e fertilizantes lideram as importações pelo Estado, totalizando US$ 1,9 bilhão movimentado de janeiro a novembro. O volume, entretanto, é 43,5% menor do que os US$ 3,3 bilhões comprados pelo Paraná nos 11 primeiros meses de 2022.

Na segunda colocação vêm os óleos e combustíveis, que também tiveram redução na importação. Enquanto nos 11 primeiros meses de 2022 esses produtos movimentaram US$ 2,3 bilhões, no mesmo período de 2023 o montante caiu para US$ 1,5 bilhão – redução de 33,7%.

Outro setor cuja importação caiu é o de produtos químicos. Entre janeiro e novembro de 2023 foi importado US$ 1,1 bilhão nesse segmento, enquanto que no mesmo período de 2022 foi US$ 1,9 bilhão, representando queda de 37,5%.

Confira os dados da balança comercial AQUI

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