Escassez de negócios tanto na safra velha, quanto na nova; relações de troca chamam a atenção
Que a nova safra norte-americana de soja terá problemas já é um fato conhecido pelo produtor brasileiro. O que ele procura saber agora é qual e extensão e intensidade destes problemas e quais serão seus reais impactos para a oferta final 2019/20 dos EUA, principalmente sobre o andamento dos preços, inclusive no mercado do Brasil.
“Eu não acredito nesta safra dos EUA de quase 113 milhões de toneladas, o mercado já fala em algo entre 103 e 105 milhões. E acredito que a redução da área seja também maior do que os 4% projetado”, diz o economista e analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora.
De acordo com os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) 85% da área já foi semeada, enquanto na semana passada eram 77%. A média esperada pelo mercado era de 87%, no ano passado o plantio já estava concluído e a média plurianual da oleaginosa é de 97%.
Além disso, reportou ainda que 71% das lavouras de soja já germinaram até o último domingo (23), enquanto eram 55% na semana passada e 91% de média plurianual. Pela primeira vez nesta safra, o USDA trouxe os índices de condições de lavouras mostrando 54% delas em condições boas ou excelentes. O mercado esperava 57%. Há um ano, 75% das lavouras estavam em boas/excelentes condições e a média é de 69%.
Fonte: Noticias Agricolas