A Associação dos Criadores da Raça Jersey do Brasil finaliza o ano com renovação da Diretoria Executiva. A eleição, que teve como candidato único o pecuarista Nelci Pedroso Mainardes, que anteriormente ocupava o cargo de vice-presidente nacional da entidade, e a posse ocorreram no dia 4 de dezembro, na sede da entidade, em São Paulo, SP. Ele ficará no cargo até 2021.
Desde 2013, a associação vinha sendo presidida pelo pecuarista Marcelo de Paula Xavier. Segundo ele, a raça tem um futuro promissor no País, pois está conseguindo tornar a produção de leite mais rentável. Entre os diferenciais da raça estão a qualidade do leite, que tem altos teores de gordura e proteína (componentes mais valorizados pela indústria de lácteos), a docilidade, a precocidade, a fertilidade e a longevidade. Como são animais de menor porte, permitem aos produtores trabalharem com uma maior taxa de lotação, além do menor gasto com medicamentos e com alimentação, em razão da maior eficiência alimentar.
Expansão – Criador de Jersey em Castro, PR, há quase 20 anos, o presidente eleito Nelci Pedroso Mainardes pretende consolidar o trabalho desenvolvido pela gestão anterior, investindo no fomento e no marketing da raça. “O Jersey tem apresentado um forte crescimento no mundo, pois produz leite com qualidade superior a outras raças, com maior quantidade de sólidos, de proteína e de gorduras, características muito valorizadas pela indústria. Nos Estados Unidos, já é responsável por 25% do leite produzido. Há 10 anos, esse índice não passava de 8%. No Brasil, apesar de não termos estatísticas oficiais sobre essa participação da raça na produção nacional, o rebanho vem crescendo, mas há espaço para continuar expandindo”, assegura Mainardes. Atualmente, o plantel nacional está estimado em 250.000 animais e o número de criadores em 5.000.
A criação de um selo de qualidade para certificar os rebanhos produtores de genética Jersey é outro projeto da nova gestão. O presidente eleito também defende uma participação mais efetiva da associação nos órgãos governamentais ligados à pecuária leiteira, como a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
“Conhecemos as reais necessidades dos criadores e as dificuldades que eles enfrentam para continuarem na atividade. Se tivermos uma cadeira na Câmara Setorial, poderemos contribuir de forma mais efetiva para a consolidação da raça e da pecuária leiteira”, esclarece o presidente eleito. A Associação de Jersey do Brasil é delegada do MAPA para prestação do serviço de registro genealógico da raça no Brasil, contando com 1.200 associados e um banco de dados de mais de 30 mil animais registrados.
Segundo o vice-presidente Nacional, Nelson Eduardo Ziehlsdorff, a associação terá uma atuação focada na eficiência das propriedades, oferecendo serviços que vão além do registro de animais. “O produtor busca uma maior rentabilidade de seu negócio e a entidade precisa ser uma parceira nesse processo, levando mais tecnologias aos associados, como avaliação genética, provas genômicas e controle leiteiro. Também será preciso dar suporte técnico para que os produtores saibam como utilizar de forma correta os relatórios gerenciais gerados por essas ferramentas e encontrem novas possibilidades para o seu negócio”, diz Ziehlsdorff.
Fonte: Associação de Jersey do Brasil