Estatísticas revelam que em apenas 4 anos do total de 20, o Brasil exportou mais no 1º semestre do que em relação à segunda metade do mesmo ano
O que esperar do desempenho das exportações brasileiras de carne bovina no segundo semestre? Pela conjuntura atual do setor pecuário, os analistas acreditam que o ritmo de embarques continuará forte nos próximos meses, especialmente devido ao câmbio extremamente favorável aos exportadores de commodities (o dólar alcançou R$ 5,46 nesta quarta-feira) e também ao enorme apetite dos importadores da China, de longe o maior cliente da proteína brasileira.
Porém, o médico veterinário Hyberville Neto, diretor da HN Agro, comprova, em dados estatísticos, que a China e o câmbio serão, sim, dois fatores devem contribuir para o avanço expressivo nas exportações nesta segunda metade do ano, mas também é preciso colocar nessa conta considerar a questão da sazonalidade.
Historicamente, considerando os últimos 20 anos, diz Neto, os embarques anuais de carne bovina brasileira cresceram, em volume, em 16 anos quando comparado ao desempenho obtido no primeiro semestre de cada ano.
Ou seja, em apenas 4 anos do total de 20, o Brasil exportou mais carne no primeiro semestre do em relação à segunda metade do mesmo ano. Em faturamento, essa conta cai para 1 ano, ou seja, nos demais 19 anos, o Brasil exportou mais no segundo semestre em comparação com a primeira metade do ano.
“Já sabia que, historicamente, as exportações eram mais fortes no segundo semestre, mas não imaginava que fosse tão frequente assim”, admite Neto, mostrando-se surpreso com a sua própria análise
Segundo o analista, nos últimos cinco anos, as exportações de carne bovina in natura no segundo semestre aumentaram em média 29% em volume e 35% em faturamento, frente à primeira metade do ano.
“Se considerarmos os últimos 20 anos, o acréscimo de volume fica em 15% e o de faturamento em 22%”, acrescenta Neto.
Fonte: PORTAL DBO
