Com 38 citricultores associados, a Cooperativa de Produtores do Comércio Solidário (Coopsoli), fundada em 2018 em parceria com a Cocamar Cooperativa Agroindustrial, capitalizou R$ 1,480 milhão em 2020, como resultado do embarque de 1.193 toneladas de suco concentrado e congelado para o mercado solidário internacional. A entidade está sediada em Maringá (PR).
Adicional – Conforme explica a coordenadora de projetos da Coopsoli, Silvia Podolan, pelas regras do comércio justo, a cada tonelada de suco exportado para esse segmento é pago um adicional de US$ 250 que retorna com a finalidade de que seja aplicado em projetos de melhorias na base da produção, ou seja, os citricultores – em sua maioria de pequeno porte, cujas áreas possuem até quatro módulo fiscais.
Certificação – “O consumidor lá fora não se importa um pagar um pouco a mais pelo suco, mediante a certificação de que o mesmo é produzido em condições não degradantes para os trabalhadores e o meio ambiente”, afirma.
O que é feito – “O dinheiro que retorna se transforma em iniciativas voltadas, entre outros itens, para promover o aumento da produtividade dos pomares e ações destinadas à prevenção do greening [a principal enfermidade da cultura], como o controle natural do psilídeo – o vetor da doença -, realizado por uma vespinha, a Tamarixia Radiata, que é disseminada nos pomares”, detalha a coordenadora.
Europa – O suco de laranja certificado com o selo Flo (Fairtrade Labelling Organization International), organização não governamental alemã, é exportado pela Louis Dreyfus, que distribui a bebida, principalmente, para países do continente europeu.
Rigor – Entre as exigências para que os produtores se enquadrem no programa estão o rigor quanto aos direitos trabalhistas da mão de obra envolvida na colheita, a não contratação de trabalho infantil, a disponibilização de transporte adequado e estruturas como sanitários móveis e espaço para descanso e refeições, o uso de equipamentos de proteção individual, entre outros.
Apta – No mês de abril a Coopsoli passou por nova auditoria e manteve seu certificado ativo para novas comercializações para o mercado solidário
Fonte: Rogério Recco