Jovens empresários dão exemplo de sucesso na Agrocampo


Mantendo uma programação com temas diversificados, a 10ª Agrocampo abriu espaço para debater o empreendedorismo. O tema foi tratado em um painel, segunda-feira à noite, com a participação dos jovens empresários maringaenses Felipe Bernardes, Thiago Ramalho, Leonardo Fabian, João Vitor Mazzer e Cézar Bettinardi.

O painel foi organizado pela Sociedade Rural Jovem com a ideia de motivar pessoas para empreender em suas carreiras. Os participantes da mesa, todos na faixa dos trinta anos de idade, contaram suas histórias de sucesso nos negócios.

Felipe Bernardes, que aos 21 anos de idade tornou-se sócio da SVN – escritório credenciado da XP Investimentos em Maringá-, hoje entre os maiores do país neste segmento, disse que a receita é estudar muito, sonhar e acreditar. “Eu sou movido por desafios e sempre sonhei grande. Nunca recuei diante das dificuldades e o que posso dizer é que se você é bom, estuda e entrega resultados, o normal é o negócio crescer”, afirmou.

Leonardo Fabian, gerente da Plaenge em Maringá, disse que a “resiliência” é a principal característica para quem deseja empreender. Apesar de filho do dono da construtora, ele contou que nunca teve facilidades. “Meu pai sempre foi muito rígido. Mandou-me como engenheiro para Cuiabá, onde enfrentei a dureza e tive de provar minha capacidade a cada momento. Em 2007, junto com um primo, montei a filial em Maringá. Iniciamos do zero, porque cada filial da Plaenge funciona como um sistema de franquia, tem de ser autossustentável. Conseguimos nos estabelecer e hoje estamos bem. Muitas vezes a gente tropeça, mas a receita é não desistir”, ensinou.

Thiago Ramalho, sócio com o pai na sorveteria Gela Boca, também falou das grandes dificuldades da família para se estabelecer. “Tivemos todas as dificuldades do mundo. Mas na minha casa, trabalhar e não ter grana nunca foi visto como algo ruim”, disse ele, ao lembrar que aos 16 anos de idade já cuidava das finanças da empresa. Nos últimos aos, Ramalho resolveu investir no sistema de franquias (são 50 lojas atualmente e o plano é chegar a 100 em cinco anos), ramo que passou a cuidar, enquanto o pai se dedica à indústria.

Engenheiro de Produção formado em Curitiba, César Luís Bettinardi, contou que veio para Maringá trabalhar na empresa da família, a Lowçucar, por não ter encontrado opção de trabalho na capital do Estado. “Não era o que eu desejava, mas após fazer um MBA em Gestão, abri minha cabeça e comecei a me interessar pela área administrativa. Meu pai ficou então com a parte comercial e eu com o administrativo. Aprender a lidar com funcionários foi a parte mais sofrida. Tive de passar por uma grande adaptação, mas sempre me apoiei muito no associativismo e isso me ajudou bastante”, disse ele, acrescentando: “muitas oportunidades passam na nossa frente e às vezes a gente não abraça”.

João Vitor Menezes, quando estava ainda na faculdade de Direito, em 2008, decidiu começar a trabalhar com entretenimento e hoje é dono da Euphoria, a maior empresa de formaturas de Maringá e festas universitárias, com filiais em Curitiba, Londrina e Belo Horizonte. “Fui taxado de louco muitas vezes, mas eu e meus três sócios investimos naquilo que amamos fazer. Hoje, a Euphoria tem mais de trezentos funcionários, atende formaturas em vinte cidades e possui um portfólio de 32 eventos. Estamos investindo também em outros produtos. Temos muito orgulho do que construímos.”

Quem coordenou a mesa foi a presidente da SRM, Maria Iraclézia de Araújo, e o presidente da SRM-Jovem, Alcides Göelzer e Pinto. Eles chamaram a atenção para a necessidade de alimentar sonhos. “Sonhar é possível e concretizá-los também quando se tem determinação, mesmo em um País como o nosso que vive de tantas incertezas”, disse Alcides. Maria Iraclézia falou de inovação e lembrou que o conhecimento é imprescindível para quem deseja arriscar em novas áreas.

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