Arroba acumula alta de 3,2% este mês, batendo R$ 167,40, descontado o efeito inflacionário
Os preços do bezerro, do boi gordo e da carne bovina seguiram em alta na maior parte de outubro, impulsionados pela baixa oferta e também pela demanda aquecida, sobretudo no que se refere às exportações, informam os pesquisadores do Centro de Estados Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
Para o boi gordo, a elevação no acumulado deste mês é de 3,21%, com o Indicador Esalq/B3 (São Paulo) fechando a R$ 167,40 na última quarta, 30 de outubro. Trata-se do maior patamar real desde novembro de 2016, quando a média mensal do Indicador foi de R$ 168,23 (valores foram deflacionados pelo IGP-DI de setembro). A média de outubro está em R$ 162,92, com elevações de 2,91% e de 6,76%, respectivamente, quando comparada às médias de setembro deste ano e outubro de 2018.
No caso do bezerro (Indicador Esalq/BM&FBovespa, Mato Grosso do Sul), no acumulado parcial deste mês (de 30 de setembro a 30 de outubro), a alta é de 1,3%, fechando a R$ 1.386,93 ontem. A média mensal, de R$ 1.356,07, supera em 1,4% a de setembro e em 11,16% a de outubro/18, em termos reais (desconta a inflação)
No caso da carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo, para a carcaça casada de boi, houve valorização de 6,81% no acumulado parcial deste mês, com o preço à vista fechando a R$ 11,60/kg nessa quarta. Em outubro, a média está em R$ 11,23/kg, aumento mensal de 4,5% e anual de 11%, também em termos reais.
Em termos nominais, ou seja, sem considerar os efeitos da inflação, os patamares observados em outubro para a arroba do boi e para a carne no atacado são os maiores das séries históricas do Cepea, iniciadas respectivamente em 1994 e 2001. No caso do bezerro, os patamares nominais de abril de 2016 superam os atuais.
Fonte: DBO RURAL