Estimativa responde por alta de 3% em relação às 4,85 milhões de cabeças confinadas no ano anterior
O confinamento de bovinos deve continuar crescendo em 2018. De acordo com Marcos Baruselli, gerente de confinamento da DSM, a expectativa é que o país feche o ano com 4,98 milhões de cabeças terminadas no cocho, alta de 3% em relação às 4,85 milhões de cabeças confinadas no ano anterior.
“Esperávamos alcançar esse número apenas em 2020, mas a necessidade do produtor de aumentar a sua produtividade fez com que o sistema de confinamento se tornasse mais atrativo”, destacou Baruselli, durante o encerramento do Tour de Confinamento na manhã desta terça-feira, 3 de dezembro em São Paulo, SP.
A estimativa contraria algumas projeções pessimistas da atividade ao longo do ano, quando a alta no preços dos grãos usados na alimentação dos animais colocava em cheque a rentabilidade dos confinadores. “Confinamento envolve planejamento antecipado. Os produtores que fizeram isso no início desse ano conseguiram travar os custos e garantir sua margem”, explica Thiago Carvalho, pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq USP).
Para 2019, a expectativa dos analistas é que o confinamento continue em crescimento, embalado pela possível alta na @ do boi gordo, em função da baixa oferta de animais para o abate, e pela queda no preço dos grãos, em virtude do aumento de produção da safra atual. No fechamento de mercado da B3, no dia 30 de novembro, a @ de boi gordo teve pico de R$ 160, alta de 7% em relação ao valor praticado em setembro deste ano.
“Mesmo a possível alta no custo da reposição não deve afetar a rentabilidade do produtor. A compra do boi magro costuma responder por cerca de 70% dos gastos da atividade e não deve oscilar mais do que isso. O produtor já está acostumado a calcular a sua margem em cima disso “, diz Carvalho.
Com o cenário positivo para a atividade, a DSM estima que em 2025 o Brasil chegue a 10 milhões de cabeças confinadas.
Fonte: Portal DBO
Foto: Alisson Freitas