Segundo o USDA, a descoberta não representa risco para a cadeia ou à saúde humana
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) confirmou a descoberta de um caso atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como doença da vaca louca em uma vaca de corte de seis anos na Flórida. Segundo o USDA, o animal não foi parar na cadeia de alimentação e não representa risco para o sistema ou a saúde dos consumidores no país. “Essa descoberta mostra quão bem nossos sistemas de vigilância funcionam”, afirmou em nota o secretário de agricultura da Flórida Adam H. Putnam.
A BSE atípica costuma ocorrer em animais mais velhos e parece ocorrer de forma “espontânea” nos rebanhos. “A forma atípica identificada nesse caso é bem diferente da clássica. Esses eventos são raros e não são resultado de contaminação da alimentação”, disse, Kathy Simmons, veterinária-chefe da Associação Nacional de Pecuaristas de Corte (NCBA) dos Estados Unidos.
Esse é o sexto caso de EEB nos Estados Unidos. Dos cinco anteriores, apenas o primeiro foi um caso clássico, de uma vaca importada do Canadá. Ambas as formas são causadas pelo príon, um agente infeccioso, porém a atípica surge por mutação do príon celular, proteína presente na membrana dos neurônios dos mamíferos, enquanto a clássica ocorre quando bovinos ingerem farinhas de carne e ossos de origem bovina contaminadas com o príon.
Segundo as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), os casos atípicos não afetam o status de um país em relação à EEB. A classificação de risco dos Estados Unidos para a doença é “insignificante”, conforme a OIE. A notícia também teve pouco ou nenhum impacto no mercado do boi nesta quarta-feira, com pouca variação nos contratos futuros da Bolsa de Chicago.
Fonte: Drovers.
Foto: Wyatt Bechtel/Drovers.