A Bayer, que desde meados de agosto tem a agrônoma Malu Nachreiner como líder da divisão Crop Science no Brasil, vem reforçando suas políticas ambientais. Entre elas está o anúncio, ainda neste ano, do início de um projeto piloto com propriedades agrícolas visando a neutralização de gases de efeito estufa, chamado Carbono Mais. A iniciativa também terá uma versão nos Estados Unidos, para um total de 1.000 agricultores inicialmente. No Brasil, para viabilizar o projeto, a Bayer já fechou uma parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
“O projeto consiste em definir quais são as melhores práticas agrícolas, o padrão de gestão das áreas das lavouras que faz com que o agricultor tenha não somente a produtividade, que é o que ele busca – é o objetivo final da atividade fim -, como também gerar um saldo carbono positivo”, disse Malu na manhã de hoje (24/9) em um encontro com a imprensa.
“A gente tem estudo, bases técnicas que nos indicam que o agricultor que faz o manejo de alto nível, de alta tecnologia – e a gente tem muitos agricultores no Brasil que já estão nesse caminho – ele gera carbono positivo. Vamos comprar esse carbono. Nós temos como desafio ser um empresa carbono neutro.”
Mas, ao contrário dos projetos de carbono neutro que estão em andamento, como a Carne Carbono Neutro, criado pelos pesquisadores da unidade Embrapa Gado de Corte, a Bayer não se fixará em um determinado produto. A empresa pretende buscar a marca carbono neutro para a propriedade.
“A Bayer vai contribuir com as recomendações que nós temos. Sim, as tecnologias em grãos são uma boa parte das ferramentas, mas também há ferramentas super importantes para mercados como frutas e vegetais, e produtos biológicos”, afirmou Malu. “A Embrapa vem com o olhar da propriedade carbono zero, carbono neutro. E estamos abertos a outros parceiros no futuro.”
Fonte: DBO RURAL