- Os frigoríficos do Paraná reclamam que passaram a registrar maior dificuldade em encontrar animais prontos para abate depois da decisão governamental, em novembro último, que eliminou o uso da vacina contra a febre aftosa no Estado. O rebanho total do estado, segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná, é de 9,2 milhões de animais, com
Em nota, o presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná (Sindicarne-PR), Péricles Salazar, reclamou da falta de animais suficientes para “atender ao mercado local de carne bovina” e também à “demanda para exportação”.
Segundo ele, com o fim da vacinação, a indústria de carne bovina paranaense passou a depender quase que exclusivamente da produção local de bois gordos para o abate.
Além disso, alerta Salazar, “há uma saída muito elevada de animais para abate do Paraná para outros Estados, adquiridos por compradores “que colocam na documentação fiscal que se tratam de bezerros para engorda e não de animais terminados”. Com isso, continua o Salazar, eles “pagam preços menores e quase não recolhem impostos”.
“O resultado é que essa saída irregular, que gira em torno de 50 mil animais anualmente, é que está provocando escassez de animais na oferta local”, ressaltou o Sindicarne.
Ainda de acordo com sindicado, antes do fim da vacinação, ingressavam anualmente no Paraná mais de 100 mil animais para engorda ou abate.
Segundo Salazar, o Sindicarne já entrou em contato com a Secretaria da Agricultura e com a Secretaria de Fazenda, solicitando a criação de uma pauta fiscal para que as saídas sejam efetivamente fiscalizadas pelo governo. “O Estado está perdendo receita de impostos e os frigoríficos estão sendo muito prejudicados”, argumenta Salazar.
Além do Paraná, que pleiteia o status de área livre da doença sem vacinação (a Organização Mundial de Saúde Animal precisa dar esse aval), Santa Catarina é o único Estado que não vacina mais o rebanho bovino contra a aftosa.
Fonte: DBO RURAL