De acordo com a empresa, primeiro semestre registrou alta de 38% no faturamento
As raças de corte estão impulsionando o aumento na comercialização de sêmen da Semex Brasil em 2019. De acordo com a empresa, no primeiro semestre foi registrado um crescimento de 38% no faturamento em comparação ao mesmo período do ano passado.
“Fizemos uma série de investimentos para garantir aos produtores brasileiros acesso à genética de touros provados e com índices muito superiores. Neste segundo semestre, a procura por este tipo de animal deve continuar bastante acentuada”, explica o diretor-presidente, Nelson Eduardo Ziehlsdorff.
Antonio Carlos Sciamarelli Junior, Gerente de Produto Corte da Semex Brasil, ressalta o bom momento no setor confirmando mais uma participação da empresa na ExpoGenética 2019, exposição que acontece em sua 12ª. edição entre os dias 17 e 25 de agosto, no Parque Fernando Costa, em Uberaba, MG.
“Pela primeira vez alugamos um pavilhão na feira, onde teremos a oportunidade de mostrar alguns touros da nossa seleção de zebuínos. Vamos apresentar aos visitantes dez reprodutores provados da nossa bateria Nelore e Nelore Mocho”, conta Antonio durante entrevista ao Portal DBO.
“Para esta estação de monta, estamos disponibilizando sêmen de cerca de 50 touros Nelore”, informa. Em 2020, adianta o gerente, a empresa estuda oferecer seus catálogos através de aplicativos, o que permitirá atualizações mais constantes.
Já a nova publicação envolvendo os reprodutores taurinos foi recentemente lançada e está disponível aos pecuaristas. Antonio destaca a incorporação de mais quatro touros Brangus na bateria; a genética da raça tem sido empregada por fazendas em todo o país para uma estratégia de ciclo curto na pecuária de corte.
“Muitos pecuaristas estão inseminando as F1, fêmeas meio sangue zebu-Angus que se caracterizam por serem muito precoces e férteis, para obter um animal com a pelagem preta, permitindo ao produtor exportá-lo vivo ou ser abatido com a certificação do programa da Associação Brasileira de Angus”, explica.
De acordo com Antonio Carlos, a alta percentual nas vendas de sêmen Brangus tem sido expressiva desde o ano passado, mas ainda é pequena em relação ao número de doses comercializadas pelos líderes Nelore e Angus, raça que a Semex respondeu por 13% das vendas totais no país em 2018.
“Para crescer, temos que entender o que o mercado nacional precisa. Por isso, aplicamos uma filosofia de seleção aos touros utilizando os mesmos critérios de avaliação genética. Na raça Nelore, por exemplo, todos os touros da bateria foram substituídos nos últimos três anos. No Angus, enviamos nossas avaliações para que a Semex na América do Norte pudesse adquirir 16 reprodutores voltados exclusivamente para o Brasil”, explica.
De forma geral, o gerente avalia que o crescimento está atrelado à qualidade, com características que influenciem no desempenho e na rentabilidade da pecuária. “Isto está fazendo a diferença no campo e na produção de carne, já que o produtor está obtendo os resultados superiores a partir da inseminação com touros provados, com avaliação genômica e os testes de Consumo Alimentar Residual (CAR), uma tendência atualmente. Apoiado a estas tecnologias, a pecuária de corte seguirá medindo, incorporando cada vez mais gestão e planejamento”, aponta.