Diretores da Sociedade Rural de Maringá, membros fundadores, sócios e colaboradores se reuniram nesta quarta-feira à noite para comemorar os 40 anos de fundação da entidade. Criada no ano de 1979, por um grupo de 100 pecuaristas, com a responsabilidade de gerir o parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro e a Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá (Expoingá), a entidade fez história nessas quatro décadas sempre defendendo os interesses da classe produtora e o fortalecimento do agronegócio.
Na noite de celebração, fundadores até hoje ligados ao quadro de sócios, ex-presidentes e diretores atuais recordaram conquistas da entidade. Para a presidente da SRM e primeira mulher a fazer história no país na gestão de uma entidade do gênero, Maria Iraclézia de Araújo, o momento é de gratidão e reconhecimento aos que fundaram a entidade e tantos outros que passaram pelas gestões, sempre sabendo construir para o melhor do setor.
“Os fundadores da SRM foram pessoas visionárias. Estavam num momento em que a pecuária de corte, de leite a o café viviam o seu auge e souberam aproveitar isso. Abraçaram uma causa e formaram uma associação de produtores que se fez representar pela pujança do que produziam e mostrar isso durante a feira agropecuária, cuja gestão até então cabia ao Município. A estrutura do parque de exposição era muito precária mas, aos poucos, a cada nova gestão, foi se construindo e melhorando, até chegarmos à estrutura que temos hoje, uma das melhores do país”, conta Maria Iraclézia.
João Carvalho, presidente de 1993 a 1997, lembra que um dos feitos principais das suas duas gestões, foi a cobertura da arena de shows e rodeio. “Foi uma obra que decidi iniciar porque a entidade tinha muito prejuízo com shows. Naquela época, os artistas só começavam a cantar depois de receber. E se chovia, era prejuízo certo. Muitos me consideraram louco, mas o projeto deu certo. Até hoje, é a única arena coberta de toda a América Latina, com um vão livre de 110 metros”, relata.
Em sua gestão, foi também construído o muro que cerca todo o parque de exposição, o pavilhão de suínos e a praça de alimentação, além de outras melhorias. “Eu vejo que a Rural progrediu a cada ano. Cada presidente procurou sempre fazer o melhor que pode. Hoje, o parque de exposição de Maringá é o melhor do Brasil em infraestrutura”, conclui.
Alcides Fanhani, presidente nos anos de 1997 a 2000, também estava presente na comemoração e falou do valor milionário investido no parque de exposição ao longo dos anos, “fruto de muito esforço e trabalho voluntário de todos que passaram por aqui”, ressalta. “É uma satisfação ver as conquistas e um orgulho enorme saber que hoje temos um parque capaz de receber todos os eventos da cidade.”
Fundadores e sócios
Para Francisco Feio Ribeiro Filho, um dos fundadores da entidade, a SRM ganhou expressão na cidade de Maringá e todo o Norte do Paraná. Na avaliação dele, a Rural tem cumprido a missão para a qual foi fundada, ao atender as reivindicações dos produtores e levar seus anseios ao governo. Também quando faz chegar às pessoas, por meio das feiras exposições, informações sobre o que acontece na agricultura e pecuária. “A Rural merece os nossos parabéns. O pessoal que hoje dirige a entidade merece mais ainda, porque estão levando com afinco e dedicação tudo aquilo que foi proposto no início”, expressou.
Na visão de Mauro Santos Jorge, outro sócio fundador, trata-se de uma história maravilhosa, porque a sociedade rural foi feita para agregar os pecuaristas da região, que na época eram fortes, mas viviam dispersos. “Nesse sentido, a entidade só agregou à categoria e até hoje luta pelo bem-estar do produtor rural.” .
Produtor de leite tradicional da região, Ary Aladino Cândido foi sócio fundador e relembra com nostalgia a trajetória. “Parece que foi ontem que começamos tudo e já se passaram 40 anos. Temos muitas lembranças e amigos feitos ao longo dos anos, sempre num ambiente salutar, de troca de informações e experiências. Nunca me afastei da entidade”, pontua.
Quem também prestigiou a comemoração foi a tradicional pecuarista Marilena Meyer, cuja família sempre foi expositora de gado de leite, mesmo antes da Expoingá, quando a feira se chamava Expofemar. Ela disse que viveu ótimos momentos de integração e ressaltou o importante papel da Sociedade Rural na organização e valorização da classe.
Segundo Aquilino Panichella, que mantém ligação histórica com a feira, mesmo antes de ser Expoingá, é membro da atual diretoria e foi responsável pela última atualização do estatuto, o reconhecimento da entidade se dá pelo fato de sempre ter cumprido com a finalidade de fomentar o agronegócio e ter uma gestão centrada nos interesses da agropecuária.
Presidentes
Presidiram também a entidade: Joaquim Romero Fontes (primeiro presidente), Giovani Ridolfi, Ermelindo Bolfer, Hélio Costa Curta, Otávio Dias Chaves Jr., Neri Fabre e Wilson de Matos Silva Filho.
Na foto: Fundadores, diretores e sócios tradicionais da Rural