Segundo Nivaldo Dzyekasnki, presidente da Associação Brasileira de Angus, crescimento é de até 20% ao ano
A participação de touros nacionais nas vendas totais de sêmen Angus em 2018 foi de 26%. O percentual representou crescimento de 15% a 20% ante o registrado no ano anterior, segundo dados apresentados pelo presidente da Associação Brasileira de Angus (ABA), Nivaldo Dzyekasnki, em entrevista exclusiva ao Portal DBO.
“Imaginamos crescer nessa escala ano a ano e pretendemos ter uma grande participação no mercado de sêmen com touros brasileiros”, destaca Dzyekasnki. De acordo com o pecuarista, o aumento da participação de touros nacionais nas vendas de sêmen é bom tanto para criadores, quando para aqueles que utilizam o material genético em cruzamentos industriais.
“Você imagina que um animal já tropicalizado tem muito mais chances de produzir um terneiro de melhor qualidade”, ressalta o presidente da ABA. A associação tem trabalho na seleção de animais com melhores taxas de conversão alimentar, visando a redução do custo de produção com o gado Angus no Brasil. “Não basta produzir mais, você também precisa aproveitar mais essa alimentação. E para o fazendeiro, para o criador, o engordador, o importante é o resultado financeiro”, afirma.
Dzyekasnki revela que o Programa de Conversão Alimentar dos animais foi iniciada na última semana na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, envolvendo 20 animais. “Estamos buscando identificar indivíduos dentro da raça que converta melhor essa alimentação”, explica.
No interior de São Paulo, em Itatinga, a ABA mantém um segundo programa de seleção com outros 65 animais. Os testes com o rebanho encerram-se no próximo dia 23, quando serão classificados de acordo com suas características (pelame curto, capacidade de perda de pelo, resistência a ectoparasitas, conversão alimentar, ganho de peso entre outras). “Os animais melhor colocados serão vendidos em leilão, irão para centrais de genética e esse sêmens serão usados na inseminação do rebanho brasileiro”, destaca o presidente da ABA. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo: