País, contudo, ainda está longe de atingir os patamares pré-embargo
Aos poucos, a Rússia começa a reaparecer nas lista dos principais países que compram a carne bovina brasileira, mas ainda está bem longe de atingir os altos patamares registrados no passado recente.
Segundo a Associação das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), em maio, os importadores russos compraram 7.362 toneladas, saltando “da 26ª posição, em 2018, para 8º lugar”, em maio deste ano, no ranking dos maiores compradores da commodity brasileira. A receita obtida em maio com as vendas à Rússia foi de US$ 24,2 milhões.
Em comunicado enviado à imprensa nesta terça-feira, a Abiec afirmou que, no acumulado de janeiro a maio, os embarques à Rússia cresceram 137% em volume e 140% em faturamento em relação ao mesmo período do ano passado.
No entanto, o comparativo do desempenho atual das exportações brasileiras para mercado russo com os resultados obtidos no ano passado não representa algo significativo para o setor, pois Moscou ficou praticamente de fora da lista de compradores da carne do Brasil em 2018 devido a um embargo imposto no fim de 2017.
O país alegou a presença do aditivo ractopamina, um aditivo alimentar utilizado para elevar o ganho de peso dos animais. O uso do produto em rações é aprovado pela Organização Mundial da Saúde, mas não é autorizado pelo governo russo. As restrições só começaram a ser retiradas em novembro do ano passado, portanto 2018 foi um ano praticamente perdido quando o assunto é “vendas para Rússia”.
A Rússia chegou a liderar as compras de carne bovina brasileira. Hoje, China e Hong Kong são os maiores importadores. Antes do embargo, os russos compravam anualmente em torno de 150 mil toneladas do produto brasileiro.